Os Profissionais de Educação Física tiveram, mais uma vez, sua importância reconhecida pelo Ministério da Saúde. Isto porque a pasta instituiu, no dia 15/05, o Incentivo de Atividade Física (IAF) para a Atenção Primária à Saúde, por meio da Portaria GM/MS nº 1.105. A iniciativa tem como objetivo estimular a prática de atividade física e destina, para este ano, cerca de R$ 100 milhões para a contratação de Profissionais de Educação Física, readequação de espaços para a prática de exercícios e compra de materiais.
Ciente dos gastos que a inatividade física causa ao Sistema Único de Saúde (SUS), com doenças que poderiam ter sido evitadas com um estilo de vida mais saudável, o Ministério tem como objetivo estimular a prática de exercício, principalmente entre pessoas com doenças crônicas não transmissíveis. Os programas de atividade física chegarão à rotina dessas pessoas por meio da inserção no SUS. Para 2023, a previsão é de mais um investimento de R$ 220 milhões, para ampliar o programa.
O credenciamento de estabelecimentos de Atenção Primária à Saúde para participar da ação já está disponível, por meio do portal e-Gestor. Para facilitar o caminho dos gestores, o Ministério da Saúde publicou o manual de credenciamento no portal da Pasta. Os municípios que contam com Posto de Saúde; Centro de Saúde/Unidade Básica; e Unidade Móvel Fluvial na APS podem solicitar o credenciamento até o dia 05/06/2022 em https://egestorab.saude.gov.br/
Benefícios e prevenção
A prática regular de atividade física contribui para a proteção e combate às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), como câncer de mama e de cólon, diabetes, cardiopatia e eventos de acidente vascular cerebral; além de estar relacionada a um menor índice de mortalidade por todas as causas. Diante disso, a atividade física é considerada um dos determinantes e condicionantes para a saúde no País.
Dados apontam que a prevalência global de inatividade física foi de 27,5% em 2016. No Brasil, dados de 2021 apontaram que 48,2% da população com 18 anos ou mais das capitais brasileiras não atendia ao mínimo de atividade física recomendado pela Organização Mundial da Saúd e (OMS) e pelo Ministério da Saúde, sendo que as mulheres (55,7%) e os idosos (73,0%) apresentaram as maiores prevalências.
Os altos índices de inatividade física acarretam em impactos econômicos aos sistemas de saúde. No Brasil, estima-se que do total de internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 15% seja atribuído à inatividade física, resultando em um custo aproximado de R$275.646.877,64.
Fonte: Ministério da Saúde e CONFEF