Pesquisadores norte-americanos descobriram que o risco de morte pelo novo coronavírus é 2,5 vezes maior em caso de baixa atividade física praticada pelo paciente, e que não realizá-la aumentaria em até duas vezes a possibilidade de internação.
Os cientistas do centro médico Kaiser Permanente, nos EUA, estudaram os dados de quase 50 mil pacientes infectados pela COVID-19, sugerindo que atividade física regular forneceria forte proteção contra a hospitalização, admissão em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e morte decorrentes da doença.
Mesmo os exercícios de forma moderada praticados por pacientes reduzem as chances da forma grave da COVID-19, quando comparados a pacientes que não eram ativos, segundo o estudo publicado na revista British Journal of Sports Medicine.
Avaliações de atividades físicas têm sido realizadas durante consultas no centro médico desde 2009. Para obtenção dos dados, os pacientes são questionados sobre quantos dias por semana praticam exercícios físicos de moderados a intensos e, em média, quantos minutos eles se exercitam nesses níveis.
No total, 6,4% foram considerados consistentemente ativos e 14,4% consistentemente inativos, o restante dos pacientes pertenciam à categoria de inconsistentemente ativos.
Entre todos os pacientes com COVID-19 estudados, 8,6% foram hospitalizados, 2,4% foram internados em UTI e 1,6% morreram. Os resultados da pesquisa mostram que a falta de atividade física aumenta a possibilidade da forma grave do coronavírus.
Serem consistentemente inativos mais que dobrou as chances de hospitalização de pacientes quando comparados aos que realizam exercícios físicos regulares. Os que estavam consistentemente inativos tiveram 1,73 vezes mais chances de serem internados em UTI do que os consistentemente ativos.
A probabilidade de morte foi 2,49 vezes maior para pacientes consistentemente inativos, em relação aos que tinham atividade física regular.
Fonte: Jornal do Brasil